23 agosto, 2010

Tinóni...


...ter a noção que os portugueses são muito (demasiado) activos/intervenientes em situações de emergência.  Em caso de acidente os portugueses não param só para ver, também gostam de ajudar, muitas das vezes acaba por ser uma ajuda nefasta, mas isso é outra história. Mesmo em coisas simples como para deixar passar um veiculo prioritário, são capazes de abalroar o que (ou quem) seja para facilitar a passagem, mesmo que seja de um jovem que caiu e partiu um dedo (mas os bombeiros gostam de ligar a sirene), situação que pelo que sei não acontece em países como a França, onde as pessoas por norma não facilitam mesmo nada. Outro exemplo é o elevado número de bombeiros voluntários que temos no nosso país, onde pela possibilidade de praticar atos (ou actos para quem não está "acordado") heróicos  (que por vezes não passam de salvar uma floresta ou uma mata das chamas) arriscam a própria vida. Como último exemplo deixo a ânsia em criar os TEPH/TEM enquanto profissionais/heróis da EMERGÊNCIA pré-hospitalar e SÓ disso, especializados (tanto quanto um técnico pode ser) em emergência no ser humano (sobre o qual pouco percebem). Se uma situação estiver rotulada como emergência, são capazes de fazer o que for preciso, ainda que logo a seguir o altruísmo seja esquecido em situações onde a sua intervenção seria muito mais eficaz e necessária. Tenho esta noção, e gostava de saber se quem trabalha em Emergência Pré-Hospitalar partilha da mesma.

05 agosto, 2010

Todos diferentes todos iguais


...ser menor do que os iguais. Os humanos são todos iguais na sua essência, basicamente com as mesmas fraquezas, os mesmos receios, a mesma composição. Existe no entanto muita gente que não pensa nisso e se acha maior que uma microscópica poeira no meio do infinito Universo, mas não o são e esta visão egocêntrica não manifesta mais do que a ignorância dos mesmos, relativamente ao que são e ao que os rodeia. São pessoas que, talvez tentando disfarçar a sua fraqueza interior se aproveitam do seu estatuto por exemplo nos locais de trabalho e exercem opressão sobre os que lhe são hierarquicamente inferiores, abusam do poder e fazem ameaças, desconhecem as regras da boa educação e viram as costas deixando as pessoas a falar sozinhas; e quando saírem para o exterior e tirarem aquela máscara? Será que também vão ter coragem de virar as costas sabendo que no mundo exterior já não são mais fortes? Quando se virem numa situação de crise, acidental ou intencionalmente criada, também viram a cara aos que eram mais fracos mas nesta situação são mais fortes? Se calhar deviam pensar nisto, pois nunca sabemos o que o destino nos reserva e quem o pode moldar de variadas formas, mesmo aqueles que pensamos ser mais fracos e a quem viramos as costas ignorando o risco de sermos "apunhalados pelas costas".